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2000/11/24
Senhor Engenheiro

A Nova Economia em Portugal agitou-se recentemente com os anúncios da aquisição da totalidade da Lusomundo pela Portugal Telecom e da joint-venture entre a Sonae e a Impresa para o projecto Portais Verticais.com.

Esta agitação frenética envolvendo grupos económicos ligados aos media está relacionada com a constatação de que existe uma enorme falta de conteúdos para serem disponibilizados online, seja através da Internet, televisão por cabo ou telemóveis, sobretudo orientada para os jovens que são os potenciais dinamizadores do negócio electrónico enquanto consumidores.

Não será isto da falta de conteúdos uma falsa questão ?

É que apesar das movimentações incessantes em fusões, aquisições e parcerias, há um facto que parece evidente: os conteúdos, esses, são sempre os mesmos a fazê-los!

Não se incrementa o aparecimento de novas empresas nessa área, que tragam lufadas de ar fresco. Na minha opinião, isto poderia, e deveria, ser da responsabilidade dos grandes grupos que estão sedentos de realizações neste domínio, e não tanto do poder público ou das associações empresariais, onde por vezes a burocracia coloca entraves ao desenrolar dos acontecimentos.

E não se pense que seria necessário um processo muito moroso. Estou convencido que existem aí, algures, muito boas ideias e projectos, suficientemente amadurecidos que esperam apenas uma oportunidade para obterem um lugar ao sol da Nova Economia. Às vezes, muitas vezes, a ideia é boa, tem condições para singrar mas falta apenas algum apoio ao promotor, não apenas financeiro mas também de gestão, que permita que uma ideia se torne num projecto de sucesso.

Para acelerar o  processo, gostaria de propor a realização de um Concurso Nacional de Ideias para Conteúdos em larga escala patrocinado, por exemplo, por um grande grupo económico com interesses na economia digital, uma empresa de telecomunicações e uma empresa de software, representativos de áreas que teriam tudo a ganhar com a aparecimento de novas empresas com dinamismo e ideias. As ideias e projectos vencedores teriam assegurados acordos de parceria ou capital de risco, bem como apoio na realização ou consolidação do plano de negócios, criação de empresa, para além de apoio administrativo no arranque do negócio e acesso a parceiros estratégicos.

Numa perspectiva a médio prazo, poderiam surgir incubadoras de empresas voltadas exclusivamente para a produção de conteúdos em áreas específicas identificadas como as mais carenciadas. Mas é imperativo que essas estruturas de apoio à criação de novas empresas tenham um papel mais interventivo e menos expectante, sem ficar à espera que lhes cheguem os interessados mas que partam à sua procura.

A este respeito, tem sido feito algum trabalho pela ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários (www.anje.pt) e os seus Road Shows pelas escolas, apesar de não abordarem especificamente a produção de conteúdos. Nestes encontros, os jovens são sensibilizados quanto às vantagens de ser empreendedor e são informados sobre a ANJE e as facilidades colocadas ao seu dispor que os podem auxiliar na hora de se lançarem no mundo empresarial. Falta, em minha opinião, prospecção das ideias que podem estar latentes na mente dos estudantes, e que se podem tornar em projectos empresariais.

Por outro lado, acho que os jovens deveriam ser incentivados pelas instituições de ensino e pelas próprias empresas, desde mais cedo, a apresentar as suas próprias ideias no seio das escolas e das universidades e incutir neles o bichinho do empreendedorismo. As cadeiras de projecto, e não apenas nos cursos de índole tecnológica, deveriam ser realizadas em estreita colaboração com as empresas, e por que não patrocinadas por estas, suprindo nalguns casos a falta de meios. Os jovens tomariam, desde logo, contacto com o meio empresarial, retirando daí os devidos dividendos e ficando deste modo melhor preparados para responder às solicitações do mercado.

É o que tem acontecido, de alguns anos a esta parte, no ISTEC-Porto, Instituto Superior de Tecnologias Avançadas (www.istec.pt), nos Cursos de Informática e Engenharia Multimédia. Os projectos realizados no âmbito de cadeiras de 3º e 5º ano, propostos pelos docentes ou apresentados pelos próprios alunos, são sugeridos por empresas, contactadas pelo Instituto ou que a ela se dirigem, e correspondem a solicitações reais do mercado. Em grande parte dos casos, os projectos são realizados nas próprias empresas, em regime de estágio. Representantes das empresa são chamados a participar no processo de avaliação.

E não se pense que as empresas estariam a deitar dinheiro ao lixo ou a actuar simplesmente em acções de mecenato. É que a probabilidade de encontrar bons empreendedores e projectos rentáveis é grande o que compensaria, a curto prazo, o investimento realizado para além de ir suprindo a tão apregoada carência de conteúdos e de profissionais especializados.

Por isso, estou tentado a apelar aos empresários de sucesso, aos "Senhores Engenheiros" deste país, que olhem para a nova economia numa perspectiva mais de alfaiate do que de loja de pronto-a-vestir. O resultado poderá não ser imediato mas a médio prazo todos seremos beneficiados, o país será beneficiado. Os objectivos serão, de igual modo, alcançados com a vantagem de construirmos um tecido empresarial mais forte, sustentado e dinâmico.

 

Lino Oliveira

Director Geral da Globalmedia
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Última modificação: 19-11-2012
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